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O que deve saber antes de subscrever um PPR


Os Planos Poupança Reforma (PPR) constituem-se como produtos financeiros orientados para a poupança de longo prazo com vista à reforma, oferecendo benefícios fiscais em Portugal. Esses produtos são disponibilizados tanto por seguradoras quanto por instituições financeiras, como bancos, e apresentam diferenças marcantes quanto ao risco, ao perfil de investimento e à garantia do capital. A seguir, delineiam-se as principais distinções entre os PPRs comercializados pelos bancos, com exposição a fundos de ações, e os PPRs subscritos junto às seguradoras, com garantia de capital.


1. Perfil de Risco dos PPRs Bancários Associados a Fundos de Ações


Os PPRs comercializados pelos bancos apresentam, em geral, uma componente de investimento em fundos que podem estar significativamente expostos ao mercado acionista. Este tipo de associação implica um maior grau de volatilidade nos rendimentos, uma vez que os fundos de ações estão sujeitos às oscilações do mercado financeiro. Consequentemente, os PPRs bancários com exposição a ações oferecem um potencial de retorno superior em períodos de valorização do mercado, mas acarretam um risco considerável de perda de capital em períodos de baixa ou crise económica.

  • Vantagem: Possibilidade de rendimentos superiores a longo prazo, especialmente em cenários de valorização do mercado.

  • Desvantagem: Risco elevado de perda do capital investido, dado que os PPRs com exposição ao mercado acionista não possuem garantia de capital.




2. PPRs de Seguradoras com Garantia de Capital


Em contraponto, os PPRs oferecidos pelas seguradoras são, por norma, produtos que asseguram a garantia de capital. Estes produtos possuem uma abordagem de investimento mais conservadora, geralmente orientada para activos de baixo risco, como obrigações, com o intuito de proteger o montante investido. Assim, mesmo em cenários de mercado desfavoráveis, a seguradora compromete-se a restituir, no mínimo, o capital investido, o que confere uma maior segurança ao subscritor.

  • Vantagem: Garantia de capital, independentemente das oscilações do mercado financeiro.

  • Desvantagem: Potencial de rendimento mais limitado em comparação com os PPRs expostos ao mercado acionista.


3. Comparação de Vantagens e Desvantagens


  • PPRs Bancários com Exposição a Ações: Adequados para investidores com uma maior tolerância ao risco e que visam uma rentabilidade potencial mais elevada. No entanto, estes investidores devem estar cientes de que o valor do investimento pode variar significativamente e que existe o risco de perda do capital, sobretudo em períodos de volatilidade no mercado acionista.

  • PPRs de Seguradoras com Garantia de Capital: Ideais para investidores que privilegiam a segurança e a estabilidade no investimento. Embora o potencial de rendimento seja, em geral, mais baixo, a proteção do capital constitui um factor de atratividade, especialmente para quem se aproxima da reforma ou valoriza a preservação do montante acumulado.


4. Aspectos Fiscais


Tanto os PPRs comercializados pelos bancos quanto os oferecidos pelas seguradoras proporcionam benefícios fiscais aos subscritores. No entanto, em caso de resgate antecipado, o tratamento fiscal pode divergir, sendo recomendável verificar as condições específicas do produto e o regime fiscal aplicável a cada situação.


5. Critérios para a Escolha do Produto


A decisão entre um PPR bancário com exposição a ações e um PPR de seguradora com garantia de capital deve considerar os seguintes elementos:

  • Horizonte de investimento: Investidores com um horizonte temporal mais longo e capacidade para tolerar a volatilidade podem beneficiar de um PPR com exposição a ações.

  • Perfil de risco: Investidores com uma abordagem mais conservadora tenderão a preferir a estabilidade de um PPR com garantia de capital.

  • Objetivo financeiro: A escolha do PPR deverá alinhar-se com o objetivo financeiro do investidor, seja ele crescimento de capital ou segurança do investimento.


Em suma, a principal diferença entre os PPRs oferecidos por bancos e os comercializados por seguradoras reside no perfil de risco e na garantia do capital investido. Enquanto os PPRs bancários com exposição ao mercado acionista podem proporcionar uma maior rentabilidade potencial, não garantem o capital investido, o que os torna adequados para investidores com um perfil de risco mais elevado. Por outro lado, os PPRs subscritos junto às seguradoras, em sua maioria, garantem o capital, oferecendo uma maior segurança, especialmente em contextos de instabilidade económica. A escolha entre estes produtos deve, assim, ser pautada pelos objectivos e pelo perfil de risco do investidor.



 

Artigo produzido por AKTION MASTER MEDIAÇÃO DE SEGUROS LDA


Agente de Seguros Ramos Vida e Não Vida – Inscrição ASF nº 408270880 pode confirmar em www.asf.com.pt


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